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Ministério da Cultura apresenta:

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17/05/2023 15:39:53

Escritor brasileiro une terror, folclore e representatividade em suas obras

Com quatro livros publicados, Márcio Benjamin ganha destaque, em suas histórias, no cenário literário do país a partir da temática LGBTQIA+.

O escritor já era conhecido no cenário literário por unir terror e folclore brasileiro, principalmente o nordestino, desde o seu primeiro livro, Maldito Sertão, lançado em 2012. São 12 contos que, mais tarde, foram traduzidos para inglês e espanhol e, de quebra, viraram história em quadrinho.

“Depois disso, a minha vida fez muito mais sentido. Eu provoco discussões após incluir gays no terror. É como se eu dissesse: nós estamos aqui e estamos em todos os lugares”, avalia Benjamin.

Os livros seguintes também têm o terror como fio condutor. Fome (2016) é uma espécie de “apocalipse zumbi em uma pequena cidade do Nordeste”, define o escritor. Já Agouro (2019) tem por base “histórias reais oficiais e histórias reais que me contaram!”, diverte-se o autor.

Sina, a publicação mais recente, de 2022, é uma homenagem aos contadores de história. O livro apresenta três caminhos que se encontram em determinado momento. E é nessa publicação que a representatividade se faz presente.

“Os livros anteriores não traziam isso. Esse já traz, mas mantendo também o contexto do terror. Eu sou uma pessoa muito diferente hoje”, confessa Márcio Benjamin. “Eu entendo que hoje isso é uma manifestação política. Mas o terror e as minhas histórias são políticos”, completa.

Eu Faço Cultura

Quase todos os livros do escritor estão ou passaram pela vitrine do Eu Faço Cultura, Programa que democratiza, impulsiona e valoriza a cultura brasileira. Por meio dele, alunos de escolas públicas, idosos, pessoas com deficiência, microempreendedores individuais e beneficiários de programas sociais do governo têm acesso a livros, peças de teatro, filmes, apresentações musicais e exposições artísticas. Tudo isso de graça.

“Eu era consumidor e acabei me tornando participante do Programa, inscrevendo meus livros. Inclusive já ajudei a divulgar outros escritores pelo Eu Faço Cultura”, afirma Márcio.

Consciente, o autor lembra também que 17 de maio é o Dia Contra a LGBTfobia. Data fundamental para lembrar a importância da representatividade. Mais que isso, em junho é celebrado o Mês do Orgulho LGBTQIA+.

Um pouco de história

A data surgiu a partir da resposta de frequentadores do clube gay Stonewall Inn, em Nova York, nos Estados Unidos. Após uma violenta investida da polícia, essas pessoas resistiram e revidaram. Era 28 de junho de 1969.

O saldo foi terrível: uma pessoa morreu, várias foram presas e dezenas ficaram feridas. Em compensação, a resistência gerou frutos. Ao longo de semanas, ocorreram passeatas para cobrar direitos e o fim da violência.

As manifestações foram o motivo do nascimento das primeiras paradas gays, que se transformaram mais tarde em paradas do Orgulho LGBTQIA+. Além disso, 28 de junho se transformou no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. 

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