Há pouco mais de 50 anos, um grupo de jovens negros se reunia em Porto Alegre com o objetivo de entender melhor suas origens e encontrar uma data que representasse seu povo de forma adequada.

A ideia era substituir o 13 de maio – uma referência à assinatura da Lei Áurea, pela princesa Isabel, em 1888 – por uma data que destacasse o protagonismo do negro na busca por liberdade. Foi então que o 20 de novembro foi defendido. Nesse dia, em 1695, Zumbi dos Palmares foi morto, após comandar o quilombo mais representativo do país durante 15 anos.

Na avaliação desse grupo e de milhões de outros negros, era preciso escrever a própria história. Pronto. Em 1971, a data passou a ser divulgada. O 20 de novembro ganhou força nas décadas seguintes, assim como estudos e movimentos em defesa dos negros, e tornou-se o Dia da Consciência Negra.

Especialistas no assunto afirmam que a data valoriza as origens, as lutas, a cultura e a história dos afro-brasileiros. Além disso, e ainda mais relevante que esses pontos, o 20 de novembro faz da identidade negra o referencial do negro.