Livro resgata a tragédia de Mariana e a morte de um rio.
Um dos destaques da
nossa plataforma é “Um dia, um rio”. No livro, voltado para o público infantil,
Leo Cunha e André Neves contam uma história que tem se repetido no Brasil: um
rio é invadido pela lama da mineração, matando fauna e flora.
De forma lírica, a
dupla lembra o desastre
ambiental que abalou a Bacia do Rio Doce, em 2015, após a Barragem do Fundão,
em Mariana (MG), se romper. O tipo de tragédia que voltaria aos jornais quatro
anos depois, quando a Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), cedeu.
E, para que o assunto não seja
esquecido, os escritores comparam as águas a “um lamento, um grito de socorro
tardio de um rio indefeso que não tem como reagir ao ser invadido pela lama da
mineração”.
É como se o rio tivesse “perdido sua
voz (...), como se cantasse uma triste modinha de viola, recordando o tempo em
que alimentava de vida seu leito, suas margens e as regiões por onde passava”.
O desastre que abalou a Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais, é o ponto de partida da obra de Leo Cunha e André Neves.